Há dois anos e meio, a publicitária Karina e o economista Fellipe decidiram se mudar da região de Pinheiros ? cheia de bares, restaurantes, parques e com vários de seus amigos ? para viver uma nova fase em um lugar bem especial. Na época, o trânsito e a correria em um dos centros mais movimentados de São Paulo já estavam começando a incomodar e, além disso, seus dois cachorros da raça Border Collie estavam crescendo e entrando na fase adulta, com muita energia para gastar. A solução foi começar a procurar casas, e não mais apartamentos, até que nesse mesmo período uma boa oportunidade acabou surgindo: a de morar na casa que pertenceu aos avós de Karina e segue com sua família há mais de 50 anos, cheia de memórias felizes.?Essa casa era o cenário de quase todos os meus almoços de domingo, e algumas visitas despretensiosas que eu fazia à minha avó no meio da tarde. Aqui tudo sempre podia: banhos de mangueira no quintal, comer miojo na panela, construir casinhas de passarinho na marcenaria do vô, martelando os pregos e alguns dedos. Meu pai me ensinou a andar de bike nesse quintal. Eu ajudava minha avó a colher rosas das roseiras do jardim para enfeitar a casa e jogava bola com meu irmão ? o que deixava meu avô louco, porque marcávamos todas as paredes?, ela lembra com carinho. 
Na nova fase da casa, tanto Karina quanto Fellipe já sabiam que iriam manter o estilo original, com o piso de tacos do lado de dentro e o de caquinhos na área ex...